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Meio Ambiente

27 de Setembro de 2023 as 17:29:55



EL NIÑO e ESTIAGEM NO AMAZONAS - 15 Cidades em Emergência; e 40, em Alerta


El Niño, fenômeno climático de aumento da temperatura das águas do Pacífico, na região do equador, que altera padrões de vento e chuva no planeta, ao fim do ano, desde 1.600
 
Estiagem leva situação de emergência a 15 cidades do Amazonas
Situação é crítica nas calhas dos rios Solimões e Juruá
 
Chega a 15 o total de municípios do Amazonas em situação de emergência em razão da severa estiagem que afeta a região. Segundo levantamento realizado pela Defesa Civil do estado, as cidades mais atingidas pela baixa das águas se localizam nas calhas dos rios Juruá e Solimões, nas regiões do Alto e Médio Solimões.
 
Outros 40 municípios estão em estado de alerta e cinco em atenção. A situação afeta 111 mil pessoas.
 
A perspectiva é de que o drama se agrave ainda mais em outubro, quando a seca deve ser mais intensa. A estimativa da Defesa Civil é que até dezembro cerca de quinhentas mil pessoas sejam atingidas no Amazonas pelos efeitos da estiagem.
 
“A previsão é que, devido à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe formação de nuvens de chuvas, a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa se comparada a anos anteriores, podendo ultrapassar 50 o número de municípios atingidos”,
 
informou a Defesa Civil.
 
Segundo o INPA Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, além do El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia.
 
O Instituto aponta, ainda, que esse clima mais quente dificulta a formação de nuvens de chuva na região. 
 
O governo do Amazonas informou que adotou medidas para apoiar famílias nos setores de saúde e abastecimento de água, bem como na distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais.
 
Impactos
 
Nessa 3ª feira, 26.09, o governo federal anunciou a criação de uma força-tarefa para reforçar as ações que vêm sendo realizadas pelo governo estadual visando enfrentar os impactos da estiagem no Amazonas.
 
O anúncio ocorreu após reunião do governador do estado, Wilson Lima, com os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e representantes de seis órgãos federais. 
 
Entre as ações, figuram o reforço para ampliar a ajuda humanitária com o envio de itens como cestas básicas e água, além da intensificação do combate ao desmatamento e aos incêndios, principalmente no sul do Amazonas.
 
Também ficou definido maior apoio logístico para as cidades mais afetadas, acesso a programas sociais federais e liberação de emendas parlamentares.
 
Boletim divulgado na 2ª feira, 25.09, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) - batizado de Painel El Niño 2023-2024 - mostra que, no Brasil, já são observadas chuvas abaixo da média nas regiões Norte e Nordeste.
 
Previsão
 
A publicação - elaborada em parceria com o INPE Instituto Nacional de Meteorologia, INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o CENADCentro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre - informa que "a previsão climática para outubro, novembro e dezembro indica maior probabilidade de chuvas abaixo do normal entre o leste, centro e faixa norte do Brasil, com maiores probabilidades disso acontecer no Norte." 
 
Diante desse cenário, os rios da região diminuíram sensivelmente de volume, o que tem dificultado a navegação. Ainda na terça-feira, o governo federal anunciou a liberação de R$ 140 milhões para dragagem nos rios Madeira e Solimões. Os rios são importantes vias de escoamento de cargas e produtos da região, inclusive a Zona Franca de Manaus, e de trânsito de pessoas.
 
O primeiro trecho de dragagem será no Rio Solimões, com oito quilômetros. O serviço será feito entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no extremo oeste do Amazonas. 
 
“A intenção é combater o risco de desabastecimento da população local e reduzir os impactos econômicos da seca registrada nos estados do Amazonas e Rondônia”,
 
informou o Ministério dos Transportes.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Imagem de arquivo.





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